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Diferença entre infusão x maceração x decocção

No Brasil, é comum chamarmos tudo que é bebido quente com ervas ou folhas de chá, sem levar em conta a diferença entre as formas de preparo. Mas, na verdade, existem diferentes técnicas para a preparação de bebidas com ervas, raízes e plantas.

Três imagens uma com infusão, outra com maceração e outra com decocção.
Diferença entre infusão x maceração x decocção

Tecnicamente, as bebidas chamadas de chás, são somente as provenientes da planta chinesa denominada Camellia Sinensis (chá branco, amarelo, verde, oolong, preto e escuro), tudo o mais são infusões, decocções e macerações.

Vamos explorar as diferenças entre essas formas de preparo, e entender quando usar cada uma delas:

1. Infusão 

A infusão é a forma mais comum de preparo, que consistir em adicionar água quente a uma ou mais ervas ou folhas, deixando-as imersas por um determinado período de tempo. O tempo de infusão varia de acordo com a erva ou folha utilizada, mas geralmente varia de 3 a 5 minutos. O chá resultante é leve e delicado, com um sabor suave.

Existem algumas variedades de ervas e plantas que se beneficiam mais com a técnica de infusão, como as ervas e folhas que possuem óleos essenciais que são liberados quando entram em contato com a água quente.

Exemplos de ervas, plantas e raízes, menos rígidas, que podem ser preparadas por infusão:

  • Camomila;
  • Erva-cidreira;
  • Hortelã;
  • Hibisco;
  • Cavalinha;
  • Melissa;
  • Capim-limão;
  • Chá verde;
  • Chá de frutas;
  • Chá de gengibre.

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2. Maceração

A maceração é uma técnica de preparo de chá que consiste em adicionar as ervas ou folhas em água fria ou temperatura ambiente e deixá-las em imersão por um período longo de tempo, geralmente de 6 a 12 horas. Essa técnica permite que as propriedades das ervas sejam extraídas lentamente, iniciadas em uma bebida suave e delicado.

As ervas e folhas mais adequadas para a técnica de maceração são as que são mais delicadas e contêm menos óleos essenciais, como flores e frutas.

Exemplos de ervas, plantas e raízes, que degradam com o aquecimento, que é indicado preparar por maceração:

  • Alecrim;
  • Cravo;
  • Canela;
  • Baunilha;
  • Anis;
  • Funcho;
  • Cardamomo;
  • Raiz de gengibre;
  • Raiz de alcaçuz;
  • Casca de laranja.

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3. Decocção

A decocção é uma técnica de preparo de chá que consiste em ferver as ervas ou folhas em água por um longo período de tempo, de 15 a 30 minutos, para extrair suas propriedades mais resistentes e menos solúveis. O resultado é um chá mais concentrado, com um sabor mais forte e amargo do que o chá preparado por infusão.

Algumas ervas e folhas são mais adequadas para a técnica de decocção, como as raízes, cascas, caules, folhas coriáceas, rizomas e sementes, mais rígidos, exemplos:

  • Gengibre;
  • Curcuma;
  • Dente-de-leão;
  • Ginseng;
  • Alho;
  • Cáscara Sagrada;
  • Eucalipto;
  • Casca de salgueiro branco;
  • Chá de canela;
  • Chá de hibisco.

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4. A escolha da técnica

Escolher a técnica mais adequada para cada erva, raiz e planta se faz necessário para se obter o melhor aproveitamento de seus compostos ativos. Ademais, a mesma erva com técnicas diferentes terá uma intensidade de sabor, também, diferente.

A infusão é a técnica mais comum de preparo, a decocção e a maceração também são métodos úteis e necessários, cada um com seus próprios benefícios.

Na infusão e na decocção, é preciso se atentar ao tempo de imersão, para que a bebida não fique amarga ou muito concentrada.

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5. Escolha das ervas, plantas e raízes

Independentemente do método escolhido, é fundamental ter em mente que a qualidade das ervas utilizadas é um fator crucial para o sucesso do chá. Ervas de baixa qualidade ou mal armazenadas podem ter perdido parte de seus compostos ativos e, portanto, não oferecerão os mesmos benefícios terapêuticos que as ervas de alta qualidade e frescor.


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6. Dosagem

Outro ponto importante é a dosagem. É preciso ter cuidado para não exagerar na quantidade de erva ou no tempo de preparo, para evitar efeitos colaterais. Além disso, é importante levar em conta possíveis medicamentosas, alergias e outras condições de saúde que podem influenciar na escolha das ervas e na dosagem adequada.

Em resumo, a escolha do método de preparo do chá depende do tipo de erva ou planta utilizada e do objetivo desejado. A infusão é a técnica mais comum e fácil de preparar, sendo ideal para ervas delicadas e com compostos voláteis. Já a decocção é indicada para ervas fibrosas e com compostos mais resistentes, enquanto a maceração é útil para extrair compostos ativos de plantas mais duras e ricas em óleos essenciais.

Independentemente do método escolhido, é fundamental escolher ervas de qualidade, seguir as dosagens recomendadas e levar em conta possíveis medicamentosas e condições de saúde. Com esses cuidados, é possível usufruir dos benefícios terapêuticos dos chás de forma segura e eficaz.

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